Vereador de cidade de Bahia tem mandato suspenso por 30 dias após denúncia de assédio sexual contra servidora
Vereador de Jaguaquara é suspenso após denúncia de assédio sexual A Câmara Municipal de Jaguaquara, cidade localizada no sudoeste da Bahia, suspendeu, por ...
Vereador de Jaguaquara é suspenso após denúncia de assédio sexual A Câmara Municipal de Jaguaquara, cidade localizada no sudoeste da Bahia, suspendeu, por 30 dias, o mandato do vereador Rogério Rocha (Republicanos). Ele foi denunciado por assédio sexual contra uma servidora da Casa. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar responsabilizou o vereador por conduta incompatível com o exercício do cargo. Ele nega o crime. (Leia o posicionamento da defesa abaixo) A decisão foi tomada em sessão realizada na noite de terça-feira (4) e recebeu 12 votos favoráveis, sendo unanimidade entre os presentes. Rogério Rocha não participou da votação. Após a aprovação do parecer, a suspensão do mandato entrará em vigor após publicação no Diário Oficial do Legislativo. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Segundo a Câmara Municipal de Jaguaquara, a suspensão passa a valer a partir da publicação do ato no Diário Oficial do Legislativo. Rogério Rocha tem mandato suspenso por 30 dias após denúncia de assédio sexual contra servidora Reprodução/Redes Sociais Durante o período de penalidade, o vereador ficará impedido de exercer funções parlamentares e não fará jus ao subsídio. Por se tratar de afastamento inferior a 120 dias, não haverá convocação de suplente. (Veja nota na íntegra ao final da matéria) O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Partido Republicanos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O que diz a Câmara Municipal de Jaguaquara "A Câmara Municipal de Jaguaquara informa que, em sessão ordinária realizada na noite de terça-feira (4 de novembro de 2025), foi aprovada, por 12 votos favoráveis, unanimidade dos vereadores presentes, a suspensão do mandato do vereador Rogério Rocha (Republicanos) pelo período de 30 dias. A decisão decorre do parecer final da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que apontou violação ao Código de Ética da Casa, com aplicação da penalidade prevista no artigo 17, que estabelece a suspensão temporária do mandato em casos de conduta incompatível com o decoro parlamentar. Em 29 de setembro de 2025, a Câmara recebeu o Ofício nº 352/2025/1PJ, encaminhado pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Promotor de Justiça Lúcio Meira Mendes, que anexou cópia do procedimento investigativo nº 8006114-98.2025.805.0138, oriundo da Delegacia de Polícia Territorial de Jaguaquara. No documento, o Ministério Público comunicou que o vereador é apontado como autor de fatos ocorridos na sede do Poder Legislativo Municipal e solicitou que o Legislativo adotasse as providências que entendesse cabíveis. O processo tramitou sob sigilo para resguardar a identidade da servidora que apresentou denúncia de assédio sexual. Todas as etapas do procedimento foram conduzidas observando-se o devido processo legislativo, a ampla defesa e as normas regimentais. Durante a sessão, o vereador acusado e o seu advogado apresentaram defesa oral e, em seguida, retiraram-se do plenário. Logo após, os demais vereadores fizeram uso da tribuna livre para se manifestar sobre o caso e, posteriormente, deu-se início à votação do parecer da Comissão de Ética, que recomendou a suspensão do parlamentar por 30 dias sem remuneração. A votação ocorreu de forma secreta, conforme prevê o Código de Ética da Câmara. O processo foi realizado com o uso de urna e cédulas de votação, garantindo o sigilo do voto. Os vereadores foram chamados em ordem alfabética para registrar seus votos, e muitos deles se manifestaram publicamente durante a tribuna e no momento do depósito das cédulas, expressando seus posicionamentos sobre o caso. A Comissão de Ética, presidida pela vereadora Núbia Louzado (PT), e o relator, vereador Rodrigo Dias (PSD), reafirmaram a legalidade do procedimento e a responsabilidade institucional da Câmara em zelar pelo respeito à função pública e pela integridade de seus servidores. A suspensão passa a valer a partir da publicação do ato no Diário Oficial do Legislativo. Durante o período de penalidade, o vereador ficará impedido de exercer funções parlamentares e não fará jus ao subsídio. Por se tratar de afastamento inferior a 120 dias, não haverá convocação de suplente. A Câmara Municipal reafirma seu compromisso com a ética, a transparência, o respeito às leis e a proteção de todos os servidores e cidadãos que confiam no Poder Legislativo." O que diz o vereador Em contato com a equipe de reportagem da TV Sudoeste, o advogado Dedy Dú Alecrim, que faz a defesa do vereador Rogério Rocha, disse que ele justiça uma desavença com a mulher que o denunciou como motivo da acusação. Segundo o advogado, os dois eram amigos há mais de 20 anos, mas brigaram depois que o vereador chamou atenção dela no trabalho, há 2 meses. "Dias depois, ele levou um cliente para ser atendido para fazer o divórcio e o cliente dando risadas disse: 'quero divorciar porque a mulher me traiu', devido a confiança e a amizade que tinha. Realmente, brincou de forma descontraída, passou a mão nos cabelos dela e disse: 'está vendo Dra, se você fosse minha esposa e me traísse eu cortaria o seu cabelo'", descreveu. Por fim, a defesa também descreveu como fraudulento e contaminado por vícios o processo disciplinar. LEIA TAMBÉM: Justiça determina cassação de mandato de vereadora por compra de votos e abuso de poder político no interior da Bahia Justiça determina cassação de vereadores do Republicanos em cidade da Bahia Vereador suspeito de tentativa de feminicídio é solto após audiência na Bahia Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻